Evidências da ressurreição de Cristo


O apologista William Lane Craig aponta três grandes evidências da ressurreição de Cristo.

Primeira evidência: o túmulo vazio. A história da ressurreição de Cristo não teria durado um minuto se o corpo de Jesus estivesse na tumba. Contudo, há grandes evidências que comprovam o fato de que o túmulo de Jesus ficou vazio.

a) A credibilidade da história do enterro de Jesus. Existe ênfase no Novo Testamento no sepultamento de Cristo. Paulo escreveu em 1Coríntios 15.3-5: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultados e ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois ais Doze”. No período em que esse texto foi escrito, como as testemunhas de Jerusalém estavam vivas, elas poderiam desmentir Paulo afirmando que não houve sepultamento de Jesus. Contudo, isso não ocorreu. Além disso, não havia tempo suficiente para que uma lenda a respeito do sepultamento de Cristo tivesse surgido e sido aceita por todos.

O próprio Paulo esteve por duas semanas em Jerusalém (Gl 1.18) e lá pode confirmar o fato de que todos sabiam que Jesus foi sepultado. Outro ponto importante é considerar a figura de José de Arimatéia. Nenhum acadêmico de nosso tempo afirma que José é uma invenção dos primeiros cristãos, sobretudo por se afirmar que ele era um membro do Sinédrio, fato que poderia ser facilmente desmentido. Além disso, até mesmo detalhes incidentais que os evangelhos fornecem sobre José corroboram sua existência histórica. As narrativas afirmam que ele era rico (o que justifica o tipo de túmulo) e que ele era de Arimatéia (um lugar sem nenhuma importância e simbolismo na Bíblia).

b) O túmulo vazio foi descoberto por mulheres. Dado o relativo baixo status que as mulheres ocupavam na sociedade judaica e sua pequena qualificação para servir como testemunha legal, é surpreendente o fato de que foram mulheres que descobriram o túmulo vazio. Se, de fato, não fossem mulheres que tivessem descoberto o túmulo vazio, por que a igreja afirmaria isso e humilharia seus líderes afirmando que esses permaneceram escondidos em Jerusalém como covardes? Além disso, os nomes das mulheres citadas eram conhecidos por toda a igreja primitiva e seria muito fácil desmenti-las caso elas não tivesses visto o túmulo vazio primeiro.

c) A investigação que Pedro e João fizeram do túmulo vazio é historicamente provável. A visita dos discípulos à tumba vazia é extremamente plausível porque eles estavam em Jerusalém.

d) Seria impossível para os discípulos anunciarem a ressurreição em Jerusalém se a tumba não estivesse vazia. O túmulo vazio é a condição sine qua non do anúncio da ressurreição de Cristo. A pregação dos discípulos não duraria um minuto se o corpo de Jesus estivesse sepultado.

e) Os próprios opositores do cristianismo não negaram o fato do túmulo vazio. Os judeus opositores à fé cristã em nenhum momento negaram que o túmulo estivesse vazio, pelo contrário, acusaram os discípulos de terem roubado o corpo de Jesus. Essa é uma evidência muito persuasiva de que o túmulo estava vazio.

f) O fato de que o túmulo de Jesus não foi venerado indica que ele estava vazio. Os judeus veneravam e preservavam os túmulos dos profetas e homens santos. Essa veneração era aspecto importante na religião judaica. Contudo não existe o mínimo vestígio de que o túmulo de Jesus foi venerado. A razão para isso é que ele estava vazio.

Somadas, tais evidências são um forte argumento para comprovar o história de que o túmulo de Jesus estava vazio.

Segunda evidência: as aparições de Jesus ressuscitado. Há grande comprovação histórica de que Jesus foi visto depois de morto por várias pessoas. Em 1Coríntios 15.3-5 Paulo afirma que Jesus apareceu a Pedro e aos demais discípulos, e prossegue dizendo: “Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo” (1Co 15.6-8). Essas informações de Paulo foram escritas muito próximas aos eventos e, por isso, não podem ser lendas. A maioria das quinhentas pessoas que viram Jesus ressurreto poderia ser questionada para comprovar a história.

Terceira evidência: a origem da crença dos discípulos na ressurreição de Jesus. Por que os discípulos acreditariam que Jesus ressuscitou se de fato ele não tivesse ressuscitado? Não há explicação satisfatória para essa pergunta a não ser admitir que Jesus realmente ressuscitou dentre os mortos. È importante notar que os judeus acreditavam na ressurreição, como comprovam os textos de Isaías 26.19, Ezequiel 37 e Daniel 12.2. Contudo, eles acreditavam que a ressurreição seria no fim do mundo e não no meio da história, e também que a ressurreição seria para todas as pessoas e não para um indivíduo isolado. Portanto, os discípulos de Jesus só poderiam crer na ressurreição de Jesus e morrer afirmando que o viram depois da morte, se verdadeiramente Jesus tivesse ressuscitado e aparecido para eles. É um contra-senso afirmar que alguém morre por algo que sabe ser uma mentira. [1]

Nota

[1] CRAIG, Willian L. Did Jesus rise from the death? In: WILKINS, Michael J.; MORELAND, J.P. Jesus under fire. Grand Rapids, Michigan: Zodervan, 1995, p.141-176


Davi Lago
do NAPEC para o INPR Brasil




Trigueirinho e a Comunidade Figueira


Confesso que a primeira vez que tomei conhecimento de Trigueirinho e suas comunidades alternativas foi em setembro de 2004, quando de uma de nossas visitas a uma livraria em São Paulo. Havia depositado em uma mesa diversas cópias do boletim informativo Sinais de Figueira, que trazia em suas páginas inúmeros artigos e uma entrevista com Trigueirinho. Com apurada curiosidade e espírito crítico apanhamos um exemplar e nos dirigimos a uma área de leitura disponível para clientes da loja. Após analisar minuciosamente todas as páginas e verbetes do jornal, fiquei particularmente abismado com tamanha ignorância expressa em tão poucas palavras. Desde então passamos a investigar a vida de Trigueirinho e suas profecias “mirabolantes”.

Quem foi Trigueirinho

Concordo com Jimmy John que a força de uma organização esta em seu fundador. José Hipólito Trigueirinho Netto, paulista, nascido em 1931, e autor de 76 livros e mais de 1.400 CDs gravados ao vivo, é o fundador de uma comunidade dita “Complexo de Figueira”. Segundo uma biografia divulgada pela SPEC (Sociedade para Pesquisa e Expansão da Consciência), o pouco que se sabe de Trigueirinho antes de iniciar a carreira de “escritor” e líder espiritual, é que ele foi gerente do ramo hoteleiro, radialista, dono de restaurante e cineasta. Neste último quesito, Trigueirinho ficou conhecido no Brasil e no exterior pelo documentário “Bahia de Todos os Santos” (1960), no qual retrata o quotidiano de um grupo de marginais nas ruas de Salvador.

Como parte de sua busca interior, Trigueirinho viajou por vários países, conhecendo e interagindo com inúmeros mestres e instrutores ligados a diversas tradições místicas. A experiência mais “importante” – revelaria o próprio Trigueirinho mais tarde – ocorreu quando de sua visita ao vale de ERKS, na Argentina. Vejamos o que diz um verbete publicado pelo complexo Figueira, na página oficial da organização.

“A história de Trigueirinho inclui a experiência que é chamada de transmutação ou troca de alma, experiência acenada também nas obras de H. P. Blavastsky, Rudolf Steiner e Alice A. Bailey. Por meio da transmutação, o Ser Interno de uma pessoa pode deixar seu corpo para que outro Ser Interno venha assumi-lo. Mas a história de Trigueirinho difere da maioria das trocas de alma conhecidas, uma vez que ele, depois de já ser um instrutor espiritual, contatou um membro encarnado da Hierarquia que o convidou a servir do modo como agora faz. Acompanhou Trigueirinho até o vale de ERKS, na Argentina, onde permaneceram enquanto ocorriam as mudanças necessárias. Nível após nível a natureza de Trigueirinho foi purificada e realinhada energicamente para que a nova consciência que estava transmutando em seus corpos pudesse levar adiante não só trabalhos públicos, através de palestras e encontros, mas também a manifestação de novos livros, bem diferentes dos que Trigueirinho havia escrito até então”.

Em uma outra biografia divulgada pela SPEC encontramos o seguinte relato:

“Durante o período de sua estada em solo Argentino, por ocasião de conferências naquele país, Trigueirinho estabeleceu contato com um ser que mudaria os rumos da sua vida e do seu trabalho dali por diante. Uma breve narrativa deste encontro pode ser lida em seu livro “ERKS – mundo interno”. Este ser, conhecido por Sarumah, assumia a aparência de um famoso médico de Buenos Aires de origem grega conhecido como Angel Accoglanis (morto em 1989 em circunstâncias misteriosas). Internamente, Sarumah apresentava-se como um mestre de origem extraterrestre, mensageiro da cidade intraterrena de ERKS. No mundo material, esta cidade metafísica se projetaria visivelmente em determinadas ocasiões nos arredores de Capilla Del Monte, na província de Córdoba. Sarumah/ Accoglanis costumava levar pessoas e grupos para contatos e cerimônias noturnas com as entidades ligadas a ERKS em certas áreas de Capilla. Na qualidade de representante de ERKS, e por consequência dos Seres Cósmicos que lá habitavam. Sarumah propôs a Trigueirinho assumir uma nova e desafiadora missão espiritual em sua vida. Sentindo-se autoconvocado, Trigueirinho aceitou a incumbência. Como parte de sua preparação e compromisso, Trigueirinho foi formalmente “iniciado” em cerimônia noturna conduzida por Sarumah no vale de ERKS (descrita no livro “Sinais de Contato”).

Ainda segundo a SPEC, Trigueirinho passou a divulgar uma série de informações vitais para o futuro do mundo, relacionadas com a transição planetária rumo a um novo patamar consciencial e vibratório. Estas informações constavam de uma espécie de dossiê entregue por Sarumah a Trigueirinho, com farta documentação e fotos, cujo conteúdo seria diluído por este ao longo de diversas publicações suas, em especial na trilogia “ERKS – mundo interno”, “Miz Tli Tlan-um mundo que desperta” e “Aurora-Essência Cósmica Curadora”. De posse deste novo material, Trigueirinho passou a proferir conferências no Brasil e Argentina numa linha radicalmente diferente das que havia ministrado até então. A reverenciada Fraternidade de Shamballa da primeira fase do seu ensinamento daria lugar à Fraternidade de Miz Tli Tlan de Trigueirinho da nova etapa. Novo código genético, civilizações extraterrestres e intraterrenas, abertura do consciente direito, polaridade feminina, transmutação, transmigração, passaram a ser alguns dos temas dominantes.

Comunidades Alternativas

Antes de Figueira – que veremos adiante e com mais detalhes – Trigueirinho fundou nos anos 80 a “Comunidade de Nazaré”, também conhecida como “Centro de Nazaré” ou simplesmente “Nazaré”. A Comunidade de Nazaré foi instalada no município de Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, em um terreno doado por um dos adeptos. A Sociedade para Pesquisa e Expansão da Consciência afirma que para a futura estruturação da Comunidade de Nazaré, foi fundamental a viagem que Trigueirinho fez à Fundação Findhorn, na Escócia, na qual entrou em contato com o seu “bem-sucedido” modelo de organização. Ainda nessa ocasião, Trigueirinho conheceu Sara Marriott, antiga residente de Findhorn, com quem posteriormente partilharia uma parceria espiritual. A convite de Trigueirinho, Sara veio ao Brasil e passou um mês em contato com o grupo por ele coordenado.

Em 1983, Sara decidi deixar Findhorn e se mudar definitivamente para Nazaré. Após a saída de Trigueirinho para fundar uma nova comunidade, alguns integrantes de Nazaré acompanharam Trigueirinho em seu novo empreendimento, enquanto outros decidiram permanecer fiéis à proposta comunitária de Nazaré sob a orientação espiritual de Sara. Após ter a sua saúde gradualmente enfraquecida nos meses antecedentes, Sara vem a falecer aos 95 anos de idade nos Estados Unidos, em 2 de novembro de 2000. A Comunidade de Nazaré ainda existe e realiza atividades e estudos regulares, agora sob a condução de um conselho gestor.

Figueira

O texto a seguir é parte de um artigo publicado no site anjo-dourado, e que se intitula “Trajetória de um Espiritualista brasileiro”.

O Complexo Figueira surgiu após a saída de Trigueirinho de Nazaré. Localizada na área rural da cidade mineira de Carmo da Cachoeira (sul de Minas Gerais, nas proximidades de Varginha), transformou-se ao longo dos anos em um gigantesco complexo sempre em expansão. Figueira é composta por diversas fazendas relativamente próximas umas das outras, por casas e extensões ou núcleos por São Paulo e Belo Horizonte. Nestes anos todos, passaram por Figueira milhares de pessoas, prévia e “rigorosamente” selecionadas mediante questionários e entrevistas feitas por colaboradores da comunidade espalhados por diversas regiões do Brasil. A comunidade é habitada por um núcleo de dezenas de residentes fixos, e por um número variável de hóspedes que passam períodos mais ou menos determinados nas suas dependências.

Nas construções e áreas comuns da comunidade, cultiva-se uma vida de trabalho, silêncio, oração e estudos místicos, estabelecida sob um ritmo altamente regrado e nutrida por uma alimentação vegetariana estrita. As atividades comunais realizadas em Figueira, em geral se iniciam diariamente nas primeiras horas da manhã e se estendem pelo resto do dia, alternando trabalho com intervalos de repouso e com palestras regulares de Trigueirinho e demais colaboradores próximos.

Doutrinas pregadas por Trigueirinho

a) A origem da humanidade

Trigueirinho define da seguinte maneira a origem da humanidade:

“A primeira raça não esta registrada nos anais da história; originou-se da fusão de uma raça inteligente, vinda de certo planeta, com outra, rude, vinda de outro. Naquele momento estavam sendo preparados os corpos para os seres humanos que habitariam este planeta e, portanto, tal raça não era física. A segunda raça também não foi física, e por isso ninguém tem noticias dela, já que as pesquisas buscam apenas o que restou de concreto de outros tempos. A terceira raça foi a lemuriana, e a quarta, a atlante.

A chamada “raça ária”, de hoje, só poderá ser chamada realmente de “quinta raça” quando despertardes para as Sete Mônadas. Enquanto o homem não tiver esse conhecimento e as Sete Mônadas não forem consideradas despertas, os ários não poderão usar a denominação de Quinta Raça. Embora estejais na quinta sub-raça dos ários, conforme vos ensinaram no passado, sereis verdadeiramente a Quinta Raça somente quando tiverdes cumprido a tarefa que lhes cabe: quando manifestara a consciência de que sois Sete Mônadas”. [1]

b) Depravação da raça humana

Segundo Trigueirinho, os homens hoje existentes na superfície da terra em grande parte se depravaram, cedendo a forças involutivas. Ora, há um Governo Celeste Central – com seus Conselhos Intergalácticos e Conselhos Interplanetários – que se reuniu e resolveu vir em ajuda aos homens na terra, inaugurando aqui a Quinta Raça da humanidade. Tal ajuda se dará do seguinte modo:

- Serão transportados para fora da terra os homens não resgatáveis, involutivos. Partirão em naves espaciais poderosíssimas. Esses indivíduos serão levados para planetas de pouca evolução, existentes nesta galáxia ou em outras; não voltarão a pisar na terra por muitos milênios.

- Quanto aos homens resgatáveis hoje existentes na terra, serão transferidos para planetas diversos e voltarão à terra logo que esta tenha sido purificada e dotada de novas leis, que farão dela uma espécie de paraíso terrestre; voltarão com um novo código genético implantado em seu ser.

- Animais e plantas também serão evacuados: a fim de se preservarem dos fatos físicos que ocorrerão aqui no mundo de superfície”. [2]

c) A lua

A lua é uma nave-laboratório, utilizada por seres provenientes de galáxias distantes e dotadas de civilização adiantada; eles percorrem mais de 200 anos-luz de distância e fazem parada obrigatória na lua. Seus corpos sutis ou imateriais são, então, preparados para trabalhar na esfera terrestre sem apresentarem algum problema ao chegarem aqui. As naves que esses seres utilizam precisam de se adaptar à energia Ono-Zone atuante na terra, pois cada planeta tem seu código energético. A lua é uma base que serve a todo este sistema solar, e não só à terra. [3]

d) O surgimento de uma nova humanidade

Trigueirinho afirma que logo que terminar a partida dos seres involuidos ou atrasados, a terra será ocupada pelos filhos do Pastor, uma humanidade nova, que com fé aguarda o dia de descer ao nosso planeta. Esses novos homens trazem um profundo desejo de servir; estão em oração, sempre elevados a uma fonte-luz e se acham prontos para o novo ciclo. São dotados de novo código genético, libertos da lei do Karma humano e material. Existem seres superiores andróginos (com bivalência sexual). Constituem a Hierarquia. Entre eles não há matrimônio.

“Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (I Tm 4.1)

NOTAS

1. Quinta Raça, pág. 135, Trigueirinho

2. Ibidem, pág. 144

3. Id. Ibidem, pág. 35


Johnny Bernardo

é pesquisador, escritor, jornalista, colaborador da revista Apologética Cristã, do jornal norteamericano The Christian Post, do NAPEC (Núcleo Apologético Cristão de Pesquisas), palestrante e fundador do INPR Brasil (Instituto de Pesquisas Religiosas). Há mais de dez anos se dedica ao estudo de seitas e heresias, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e seitas do mal.

É também o autor da matéria “Igreja Dividida, as fragmentações do Catolicismo Romano”, publicada no final de 2010 pela Revista Apologética Cristã (M.A.S Editora). Assina também a coluna Giro da Fé da referida revista.

Contato

pesquisasreligiosas@gmail.com
johnnypublicidade@yahoo.com.br



O mormonismo em poucas palavras


O Mormonismo ensina que Deus era um homem como nós que habitava em outro mundo e que progrediu até tornar-se deus seguindo as leis e ordenanças do deus de seu mundo de origem.

Ele agora governa este mundo, pois alcançou a condição divina. Sendo deus e sua esposa pessoas exaltadas, ou seja, deidades, possuem ambos um corpo físico e geram filhos espirituais que crescem e amadurecem no reino espiritual. O primeiro espírito que nasceu no reino espiritual foi Jesus. Logo em seguida veio Lúcifer e, então, todos nós. O Mormonismo ensina que nós pré-existíamos no reino espiritual, que fomos gerados pela união de deus com sua esposa deusa. Portanto, já existíamos em espírito antes de entrarmos em nossos corpos humanos através do nascimento aqui na Terra. Durante essa "compressão" na forma infantil, a memória de nossa pré-existência foi "velada".

Contudo Elohim, o deus Pai, preocupava-se com a salvação da Terra e resolveu criar, então, um plano de salvação. Jesus concordou com o plano do Pai. Lúcifer se opôs; encheu-se de inveja e se rebelou contra o Pai. Durante sua rebelião, convenceu um grande número de espíritos para juntar-se a ele em sua oposição a Deus. Porém, sendo Deus mais poderoso do que eles, os amaldiçoou, transformando-os em demônios. Desta forma, eles nunca poderão nascer em corpos humanos. (Alguns escritos Mórmons afirmam que Jesus e Lúcifer elaboraram um plano cada um. Deus escolheu o plano de Jesus, incitando a inveja e a rebelião de Lúcifer.

Os demais espíritos permaneceram ao lado de Deus. E porque escolheram o melhor caminho, quando chegar o momento de viverem na terra, terão o privilégio de escolher nascer no local e na raça que estiver à altura das escolhas que fizeram no reino espiritual.

No plano de salvação Mórmon havia a necessidade de um salvador: Jesus. Mas Ele era um espírito e estava no céu. Para que ele nascesse na terra, Brigham Young - o segundo profeta da Igreja Mórmon - afirma que Deus, o Pai, deitou-se com Maria, em vez de deixar que outro homem o fizesse. Disse, que o nascimento do nosso Salvador foi natural como o dos nossos pais. Isso basicamente significa que Brigham Young ensinou que Deus, o Pai, desceu à Terra e teve relações com Maria, sua filha espiritual, para conceber o corpo de Jesus. Ainda que muitos mórmons não cogitem tais pensamentos incestuosos sobre Deus e Maria, até onde sabemos, foi o que Brigham Young ensinou; ensino que a Igreja Mórmon não nega.

E assim Jesus nasceu, casou-se e teve filhos. Ele morreu na cruz e pagou pelos pecados dos homens - mas não pagou somente na cruz. De acordo com o Mormonismo, a obra redentora de Cristo, começou no Jardim do Getsêmani, antes de ir para cruz.

No Mormonismo, homens e mulheres têm a capacidade de se tornarem deuses. O presidente da Igreja Lorenzo Snow uma vez disse: "Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser." Para poder alcançar este estado de divindade, é preciso se tornar primeiramente um bom mórmon: pagar integralmente os 10% de dízimo à Igreja Mórmon, seguir as várias leis e ordenanças da Igreja e, finalmente, ser merecedor. Nesse estágio, receberão uma aprovação do templo, após a qual será permitido ao mórmon entrar em um templo sagrado para cumprir uma série de rituais secretos: batismo dos mortos, casamento celestial e vários outros juramentos sigilosos e votos. Além disso, quatro aperto de mãos secretos são ensinados para que o crente mórmon, ao entrar no terceiro nível do céu mórmon, possa cumprimentar deus de uma forma específica.

Esse ritual celestial tem o propósito de permitir a entrada no nível mais alto do céu.4 Para aqueles que conseguirem chegar ao mais alto dos céus, a divindade é o próximo passo. Então a estes será permitido ter seu próprio planeta e ser deus ou deusa de seu próprio mundo, e assim o sistema mórmon será expandido para outros planetas.




por Matt Slick
do CARM.org para o INPR Brasil







Revista Povos

Revista Apologética Cristã

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