Nova York: a capital mundial das religiões

Há algum tempo venho estudando o que chamo de "fenômeno religioso globalizado" ou "as religiões das cidades globais". Calma, é bem simples: há um intercâmbio interessante entre economia verso religiões nas grandes cidades mundiais. Não só Nova York, mas também São Paulo, Rio de Janeiro, Tóquio, Los Angeles, Amsterdã e nas demais 47 cidades classificadas pela ONU como "cidades globais", isso ocorre com mais ou menos intensidade.

Talvez você deverá perguntar: mas que relação existe entre religião e Financial Times? A mesma pergunta deveria ser feita aos discípulos de Escrivá de Balaquer: que importãncia tem para a fé católica um edifício no valor de 40 milhões de dólares no núcleo nervoso de Manhattan? Por que não em Nova Orleans, cidade históricamente mais carente e descriminada dos EUA?

São perguntas interessantes e que mostram a realidade em que vivem as religiões nas grandes cidades do mundo. Por incrível que pareça, muitas religiões (especialmente as mundiais) possuem uma estratégia de crescimento semelhante ao das grandes corporações. Vou explicar: é mais interessante ter um escritório em uma área valorizada de Manhattan, do que em qualquer outra região do oeste dos EUA (com excessão, é claro, da Califórnia, maior centro industrial e demográfico do país). São dois os motivos:

a) Economia. Uma empresa situada em uma área nobre tende a ser mais valorizada no mercado financeiro;

b) Imagem. Além de ser bom para as finanças, as grandes corporações ganham em visibilidade ao instalar seus escritórios em áreas nobres. O mesmo acontece com muitas religiões.

Nova York é uma cidade profundamente religiosa, com imensas mesquitas, templos, igrejas etc. Tony Carnes, autor do livro "New York Glory, Religions in the city", fez a seguinte afimação lógica. "A religião é um componente central do mundo social e cultural de Nova York". De fato, quando circulamos por Nova York nos deparamos com inúmeras catedrais e, principalmente, com sedes administrativas de inúmeras religiões. A lista é imensa, mas podemos citar algumas: Igreja da Unificação do Rev. Moo, Torre de Vigia, Opus Dei, IURD etc. Também é possível encontrar pelas ruas de NY discípulos de Dalai Lama, rastafaris, muçulmanos, sikins, judeus e inúmeros profetas da prosperidade e do apocalipse.


Johnny Bernardo

é pesquisador, jornalista, escritor, colaborador da revista Apologética Cristã, do jornal norteamericano The Christian Post, do NAPEC (Núcleo Apologético Cristão de Pesquisas), palestrante e fundador do INPR Brasil (Instituto de Pesquisas Religiosas). Há mais de dez anos se dedica ao estudo de religiões, seitas e heresias, sendo um dos campos de atuação a religiosidade brasileira e seitas do mal.

É também o autor da matéria “Igreja Dividida, as fragmentações do Catolicismo Romano”, publicada no final de 2010 pela Revista Apologética Cristã (M.A.S Editora). Assina também a coluna Giro da Fé da referida revista.

Contato

pesquisasreligiosas@gmail.com
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